LITERATURA E GUERRA: DIÁRIOS E RELATOS

 


A literatura não se limita aos famosos contos de fantasias, aos romances românticos, aos textos de teor gótico, às peças de teatro como "o auto da compadecida", aos poemas de Vinicius de Moraes ou aos HQ's de Maurício de Souza com a turma da Mônica. Não!

A literatura historicamente serviu como documentação de diversos momentos políticos, econômicos, geográficos, religiosos, históricos... e neste seu transpassar dos séculos, testemunhou as barbaridades que o ser humano pode provocar e guardou nas páginas de várias obras, o relato de pessoas que sofreram os horrores das guerras.

Relatos de pessoas que sobreviveram ou daqueles que por um determinado tempo resistiram aos horrores como bombardeios, perseguições, fome e tantas outras tragédias causadas pelas guerras, se tornaram obras conhecidas mundialmente e ainda hoje causam impactos nas pessoas que mergulham naquela angústia escrita por quem a escreveu. Imagine que de uma hora para outra, você está dentro de uma guerra, seus pais não estão com você, sua visão te mostra destruição e morte por todos os lados... parece uma realidade de filmes, mas foi vivida por pessoas comuns, iguais a eu e você.

O DIÁRIO DE ANNE FRANK:
Em seu diário, Anne Frank relata o dia a dia de sua família que fugia dos nazistas. O Diário de Anne Frank é um livro escrito por Anne Frank entre 12 de junho de 1942 e 1.º de agosto de 1944 durante a Segunda Guerra Mundial. É conhecido por narrar momentos vivenciados pelo grupo de judeus confinados em um esconderijo durante a ocupação nazista dos Países Baixos. Foi publicado em mais de 40 países e traduzido em mais de 70 idiomas, e vendeu mais de 35 milhões de cópias em todo o mundo, sendo 16 milhões só no Brasil.

Suas anotações foram declaradas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como patrimônio da humanidade. Além disso, o livro figura na 19ª posição da lista Os 100 livros do século segundo o Le Monde.

Outras pessoas também encontraram no registro do cotidiano, uma tentativa de esquecer por um momento o horror vivido pela guerra. Zlata foi uma sobrevivente.

O DIÁRIO DE ZLATA:

Zlata Filipović (Sarajevo, 3 de dezembro de 1980) é a autora do livro O diário de Zlata, no qual conta os horrores que presenciou durante a guerra em Sarajevo, de 1991 a 1993.
Ao contrário de muitos amigos e familiares que deixaram Sarajevo com a chegada da guerra, em 1992, Zlata e os seus pais tomaram a decisão de ficar juntos. O modo de vida tornou-se primitivo, sem água, eletricidade nem gasolina, e os suprimentos de comida eram extremamente limitados. Na época, a UNICEF estava pedindo às crianças que tivessem mantidos diários durante a guerra para que mostrassem seu trabalho. Através da escola de Zlata, seu diário foi descoberto e selecionado para publicação em 1993. Quase imeditamente, o diário recebeu enorme publicidade e Zlata foi proclamada a "Anne Frank de Sarajevo", um título que sempre a deixou desconfortável, porque, diferentemente de Anne, ela teve a sorte de sobreviver. Zlata e sua família refugiaram-se em Paris em dezembro de 1993. Após passar uma temporada na Inglaterra, transferiram-se para Dublin, na Irlanda.

A literatura é uma das formas de memória da humanidade, turminha.
Até breve!❤

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